Tainacan 1.0.0 – Um Software Livre Flexível e Poderoso para criação de Acervos Digitais em WordPress

Em outubro de 2014, tiveram início reuniões que firmaram a parceria entre o Ministério da Cultura e universidades federais brasileiras para desenvolver uma ferramenta capaz de apoiar a criação de uma política nacional de acervos digitais. Na época, haviam poucas soluções que atendessem às principais demandas do campo — pesquisar, expor, reutilizar e preservar informações culturais de forma eficiente e sustentável. Existiam ferramentas de software livre para repositórios digitais, como DSpace, Atom, Omeka, Greenstone e Islandora, mas nenhuma atendia a requisitos essenciais do projeto: ampliar o alcance dos acervos nas redes sociais, oferecer maior potencial de customização e design incorporando a cultura na concepção dos projetos, e adotar modelos mais acessíveis, simples e escaláveis de suporte, hospedagem e implantação. Parte dessa história está registrada nos artigos aqui linkados: artigo 1 e artigo 2.

Foi com esse pensamento como horizonte, democratizar a gestão da informação de coleções e objetos culturais, que nasceu o Tainacan.

Desde então, o projeto contou com o apoio de diversas instituições, como o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), a Fundação Nacional das Artes (FUNARTE), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o Governo do Estado do Espírito Santo (SECULT-ES), o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), além de universidades públicas como a UnB (Brasília), a UFG (Goiás) e a UFES (Espírito Santo), entre várias outras.

Os primeiros protótipos surgiram em poucos anos e a ousada decisão foi tomada: criar a ferramenta no ecossistema de software livre do WordPress (se você quiser entender mais sobre os motivos que levaram a essa escolha, visite a apresentação detalhada do projeto). Inicialmente concebido como Tema, o Tainacan logo amadureceu para um Plugin. Em 28 de maio de 2018, sua primeira versão Alfa foi lançada no repositório oficial do WordPress, disponível para instalação em um clique por qualquer instituição. Em 2021 inauguramos o fórum da comunidade, abrindo espaço para a troca entre usuários e desenvolvedores.

Pouco a pouco, instituições de peso passaram a adotar o Tainacan e contribuir para seu amadurecimento, entre elas mais de 30 museus do IBRAM, o Museu do Índio, o Museu Paulista, várias instituições do sistema MinC, universidades públicas, acervos privados e diversos projetos de pontos de cultura, pontos de memória, entre outros. Além disso, o projeto se internacionalizou, se encontra hoje traduzido em mais de 12 línguas, estabeleceu parcerias com políticas internacionais de cultura, como o governo federal do México por meio de sua estratégia nacional de gestão de acervos digitais com mais de 20 repositórios digitais já lançados naquele país e mais em processo de implantação.

Hoje, com quase 2.000 instalações ativas e mais de 50.000 downloads, não faz mais sentido definir o projeto como “Beta”. Testado e validado por milhares de usuários, podemos afirmar que o primeiro roadmap está completo: lançamos o Tainacan versão 1.0.0.

Isso não significa, é claro, que a missão terminou. Muito pelo contrário, uma nova fase se inicia. Novos recursos, melhorias e correções de erros seguem em nosso horizonte. Mas o objetivo inicial foi cumprido: transformar o cenário da cultura digital para instituições brasileiras oferecendo uma alternativa viável de software livre para gestão da informação de coleções e objetos culturais — e expandir horizontes também em diferentes áreas de uso.

E afinal, o que há de novo na tão esperada versão 1.0.0? Bom, é tanta coisa que preparamos quatro artigos, cobrindo as novidades:

Baixe agora!

A versão 1.0.0 do Tainacan já está disponível para download no repositório de plugins do WordPress:

Não deixe de atualizar também projetos relacionados como os temas Tainacan Interface e Tainá e o plugin de Integração com o tema Blocksy.

Até breve!

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