Entre os dias 20 e 22 deste mês o Tainacan foi apresentado na World Digital Library Conference (Conferência da Biblioteca Digital Mundial), na cidade de Haia, Holanda. O evento discute caminhos técnicos e políticos para evolução da Biblioteca Digital Mundial e o futuro dessa iniciativa. A World Digital Library é uma biblioteca digital projetado pelo Congresso estadunidense e pela UNESCO em parceria com outras 32 instituições de vários países.
O projeto Tainacan foi representado coordenador do projeto e professor da Faculdade de Ciência da Informação (FCI) na Universidade de Brasília (UnB), Dalton Martins e também pelo coordenador de Arquitetura da Informação Museal do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), José Murilo Costa Carvalho Júnior.
A World Digital Library Conference (WDLC), acontece na Biblioteca Nacional dos Países Baixos (Koninklijke Bibliotheek) em Haia, com representantes de bibliotecas participantes da WDL (Biblioteca Digital Mundial) para discussão de ideias, perspectivas e iniciativas digitais para a criação do ecossistema mundial de pesquisa, ensino, e fomento a novas descobertas em nível global.
O convite para apresentar o Tainacan em Haia surgiu porque a organização da conferência desenvolve o projeto da Biblioteca Digital Mundial (WDL) e necessita discutir qual será a forma de implementação técnica e de formato futuros da iniciativa. “Como estamos no Ibram desenvolvendo a implementação de uma solução técnica que parece atender alguns dos requisitos de interoperabilidade do projeto, fomos convidados a participar”, explica José Murilo.
A participação na conferência é possível apenas por convite e o Tainacan foi o único representante brasileiro no evento. Segundo Dalton Martins, “A oportunidade do encontro em si é excelente, pois congrega especialistas que enfrentam desafios análogos. Isso gera oportunidades de colaboração promissoras”, avaliou.
Repercussão mundial
O Tainacan também atraiu atenção específica de países que possuem um cenário mais próximo do brasileiro, de acordo com Dalton Martins “Vários colegas do México, do Japão e da Nova Zelândia repercutiram os conteúdos após a apresentação. Representantes da Europeana (biblioteca virtual desenvolvida por países da União Europeia), que conhecem o Tainacan, ficaram impressionados com os avanços do projeto neste último ano”.
No evento, o projeto também articula a participação no grupo de pesquisa sobre serviços de agregação de metadados, com enfoque em Linked Open Data. A participação no grupo vai de encontro ao trabalho desenvolvido pelos pesquisadores brasileiros na produção acadêmica sobre integração e qualificação de dados em acervos digitalizados.
Desenvolvimento no Brasil
O projeto é desenvolvido em parceria com o Fundação Nacional das Artes (FUNARTE), Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). O material apresentado pelo Tainacan e também abordado no evento pode ser acessado neste link.
Até o final de 2020, todos os demais museus vinculados ao IBRAM – 30 no total – também disponibilizarão seus acervos na plataforma. As faculdades de museologia da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) também utilizam o Tainacan, além da Funarte e do Museu do Índio (Funai/MJ). – Com informações da Assessoria de Comunicação da Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania.
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