O acervo é fruto do trabalho conjunto entre os servidores do museu e os pesquisadores do projeto Tainacan.
O trabalho de publicação na web do acervo etnográfico dos povos indígenas no Brasil, abrigado pelo Museu do Índio, foi realizado em conjunto com os museólogos da instituição e os pesquisadores do Laboratório de Políticas Públicas Participativas (L3P), ligado ao Laboratório se Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Mídias Interativas (MediaLab/UFG).
A construção do acervo digital foi um trabalho realizado ao longo de um ano, focado na sistematização de todo o material digitalizado e implementação do software-livre Tainacan. O software permite a gestão do material digital pelos museólogos e o acesso do público para navegação pelo acervo conta com ferramentas de busca avançada, filtros por diferentes termos e diferentes formatos de visualização.
O repositório conta com 19.918 itens de 150 povos indígenas do território brasileiro, sob guarda do museu desde 1947. A navegação pelo acervo é baseada em categorias já consagradas pelas bibliografia etnológica, como a matéria prima empregada, técnica de confecção, povo indígena, língua, etc.
Também estão presentes coleções formadas pelos próprios indígenas desde os anos 1980, como as coleções de trançados dos indígenas Xyhcaprô Krahô, Jacalo Kuikuro e Julia Macuxi, bem como as de plumárias, de Talukumã Kalapalo e Arrula Waurá e a grande coleção de cerâmica de Quitéria Pankararu.
O repositório digital foi lançado nesta quarta (28) durante o Seminário Acervos em Rede, promovido pelo Museu do índio e realizado pelos pesquisadores do L3P-MediaLab/UFG. O evento, que acontece entre os dias 27 e 29 deste mês, discute os principais temas ligados à construção do acervo no museu e as pesquisas científicas que norteiam o desenvolvimento do Software Livre Tainacan.
A instalação pode ser acessada neste link e está disponível gratuitamente para todo o público.